Casal gay é espancado com pá após abraço e alega homofobia: 'bichinhas'
Quando nos abraçamos eles disseram: ‘são duas bichinhas’. Um deles deu um chute na minha costela, o outro veio por trás e chutou a cabeça do Douglas. Depois bateu na cabeça dele com uma pá"
Homofobia, intolerância que mata a cada 19 horasEntre 2016 e 2017, o número de assassinatos por motivações homotransfóbicas aumentou em 30%
Crimes de ódio contra LBGTI
445 mortes registradas em 2017
194 eram gays
191 eram pessoas trans
43 eram lésbicas
5 eram bissexuais
Estados com mais casos
São Paulo (59)
Minas Gerais (43)
Bahia (35)
Ceará (30)
Rio de Janeiro (29)
Pernambuco (27)
Paraná e Alagoas (23)
Como ocorreram as mortes
136 por arma de fogo
111 por armas brancas
58 por suicídios
32 por espancamento
22 por asfixia
Dos casos...
56% foram em vias públicas
37% foram dentro da casa da vítima
Levantamento aponta recorde de mortes por homofobia no Brasil em 2017
Em 2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos em crimes motivados por homofobia. O número representa uma vítima a cada 19 horas. O dado está em levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que registrou o maior número de casos de morte relacionados à homofobia desde que o monitoramento anual começou a ser elaborado pela entidade, há 38 anos.
Os dados de 2017 representam um aumento de 30% em relação a 2016, quando foram registrados 343 casos. Em 2015 foram 319 LGBTs assassinados, contra 320 em 2014 e 314 em 2013. O saldo de crimes violentos contra essa população em 2017 é três vezes maior do que o observado há 10 anos, quando foram identificados 142 casos.
Também nesta quinta-feira (18) a organização não governamental Human Rights divulgou um relatório a respeito da violação dos direitos humanos no Brasil. O documento destaca que a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos recebeu 725 denúncias de violência, discriminação e outros abusos contra a população LGBT somente no primeiro semestre de 2017.
#MeQueer, histórias de assédio e discriminação contra a comunidade LGBTI+
Que inconscientemente você olhe para os lados antes de dar um beijo. Que seus avós morram sem você ter dito a eles quem você ama. Que te joguem pedras quando você der a mão ao seu parceiro. Com a tag #MeQueer, milhares de pessoas LGBTI+ estão contando histórias de discriminação e assédio no Twitter. Estes são alguns exemplos.
No primeiro dia da Copa do Mundo na Russia (que teve início em 14 de junho) um casal de dois homens franceses foi agredido ao pegar um táxi em São Petesburgo. Uma das vítimas, identificada como O.Davrius, foi levada ao hospital com sinais de lesões cerebrais e uma fratura na mandíbula. A polícia deteve dois suspeitos pelo ataque, Ismet Gaidarov e Rasul Magomedov.
Este é o primeiro caso de agressão motivada por homofobia a ser registrado pela imprensa internacional na Copa de 2018 e entidades ligadas a comunidade LGBTQ+ do mundo todo estão em alerta. A capacidade da Rússia para sediar os jogos foi questionada muito antes do início da copa devido às diversas violações de direitos humanos acobertadas, quando não promovidas, pelo governo de Vladmir Putin.